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quarta-feira, 17 de outubro de 2012








NIILISMO


Em uma fria madrugada vazia,
Passeio no labirinto de minhas memórias, perdido e sozinho.
 Em um passado longínquo e inglório.
Procuro pelo fio de Ariadne que mostre o caminho de volta  a presente realidade
Rumo para o futuro incógnito.
Mais me encontro perdido e quanto mais desço ao porão de minha memória
Percebo o quanto sem rumo estou.
Corro desesperado, clamo por ajuda... Mas apenas escuto o eco de minha própria voz que ecoa em  meu ser
Sou prisioneiro de minha própria mente.
Caio em um profundo vazio , em um lugar onde não existe som, frio, dor, amor, ira...Não existe absolutamente nada.
Encontro-me no limbo de minha alma a realidade não existe mais.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Lamento interior


Na ascendência das trevas, em meio às sombras,
Escuto vozes que emergem do meu interior
Voz que clama por vingança...
Voz que clama por perdão...
O ódio é como metal incandescente
Que cauteriza as feridas da alma,
Causadas pela insana paixão.
Deixando como lembranças da dor as indeléveis cicatrizes
Os gemidos da alma são sepultados em meu coração
Na escuridão oculto as lagrimas de dor que alimenta o ódio e o amor...
Minhas emoções transbordam deixando o meu espírito em profundo abatimento.
Me encontro nos braços da solidão e receio que ela me leve aos átrios da melancolia
As sombras pairam sobre a minha alma...
A paixão consumida pela chama da ilusão;
Mas de suas cinzas renascerá o sublime e eterno Amor!!!


Sanctus



sábado, 2 de junho de 2012


NOITE NO JARDIM

Encontro-me em meio ao jardim.
Densas trevas me cercam trevas que chegam as ser palpáveis.
Um silêncio sepulcral e mórbido em que se ouve ao longe o canto melancólico de um pássaro noturno.
A angustia de morte, assola a minha alma,
Copiosas lagrimas molham o meu rosto;
O terror oprime o meu coração, sabendo do futuro que me espera...
...Beber do tolteante cálice da Morte.
A angustia mortal intensificou-se de tal modo, que de meus poros brotarem sangue.
Por causa do temor pensei em hesitar, de provar o glacial ósculo da Morte.
Mas a chama de Amor que me consome é maior que os meus temores.
As nuvens dissiparam, revelando a Dama da Noite, ferindo as trevas com seu luar; revelando uma sombria silhueta.
Em que emergia vozes de desencorajamento.
Pedi forças ao Pai.
Mas não obtive respostas... Silêncio que feriu meu coração...
Alem do vale de sofrimento e solidão enxerguei um caminho de sangue, em que levava os homens ao meu Pai.
A chama do infinito Amor intensificou-se, o calor e a luz dissipou as sombras, e com ela a angustia e o medo.
A noite no jardim é finda com um beijo antecedendo a traição.


Clamor na escuridão

Absorvido na imensidão da implacável solidão.
Submerso em meus próprios pensamentos sombrios.
Lembranças de um passado obscuro, marcado pela tristeza que me consome,
Lembranças que ficaram como feridas na alma.
O silêncio depressivo no ar, em uma noite gélida e melancólica, onde se ouve as batidas do meu coração, e o triste canto do vento...
...Como se fosse o grito de uma alma atormentada... Compondo assim, uma sonância fúnebre de mais uma noite solitária.
Terrores noturnos assolam a minha mente, deixando-me em uma brutal agonia.
As lágrimas embaçam as retinas, lágrimas que transbordam de uma alma angustiada.
Deitado em um lugar privado da luz, com o coração afogado em mágoas, sentindo o  abraço forte do “demônio azul”...
Permitindo que as sombras envolvam, deixando meus olhos se acostumem com a escuridão... E alma com a solidão...
Trajando sempre preto, para que o corpo expresse o luto de uma alma morta.
Em meio às sombras, clamei em alta voz por misericórdia, o meu grito agonizante emergiu da escuridão, fendendo o silêncio e chegando ao Poderoso Deus...
Uma luz feriu mortalmente as trevas...
Morte, tristeza, desespero, medo...
Fugiram da intensa luz.
Como insetos que fogem, quando levantamos uma pedra onde se abrigavam.
A luz inundou o meu ser.
Uma sombra levantou-se por detrás de mim, uma presença tão doce e tranqüila, uma paz maravilhosa...
Que curou as chagas de minha alma, finalizando a minha angústia...
Sim, estou na Sombra...
Na sombra do Onipotente!