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sábado, 2 de junho de 2012


NOITE NO JARDIM

Encontro-me em meio ao jardim.
Densas trevas me cercam trevas que chegam as ser palpáveis.
Um silêncio sepulcral e mórbido em que se ouve ao longe o canto melancólico de um pássaro noturno.
A angustia de morte, assola a minha alma,
Copiosas lagrimas molham o meu rosto;
O terror oprime o meu coração, sabendo do futuro que me espera...
...Beber do tolteante cálice da Morte.
A angustia mortal intensificou-se de tal modo, que de meus poros brotarem sangue.
Por causa do temor pensei em hesitar, de provar o glacial ósculo da Morte.
Mas a chama de Amor que me consome é maior que os meus temores.
As nuvens dissiparam, revelando a Dama da Noite, ferindo as trevas com seu luar; revelando uma sombria silhueta.
Em que emergia vozes de desencorajamento.
Pedi forças ao Pai.
Mas não obtive respostas... Silêncio que feriu meu coração...
Alem do vale de sofrimento e solidão enxerguei um caminho de sangue, em que levava os homens ao meu Pai.
A chama do infinito Amor intensificou-se, o calor e a luz dissipou as sombras, e com ela a angustia e o medo.
A noite no jardim é finda com um beijo antecedendo a traição.

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